sexta-feira, 1 de julho de 2016

Sócio da RBSTV SC será citado na Lei Maria da Penha por espancamento à esposa, Luiza Brunet

Foto: Caio Duran / AgNews

O empresário Lírio Albino Parisotto, político mais rico do Brasil segundo a revista americana Forbes e sócio da RBS Santa Catarina, deverá responder na Justiça pela agressão a Luiza Brunet. A denúncia da modelo e atriz foi divulgada pela imprensa nesta sexta-feira, 1º de julho.

"Lírio já estava de roupão e, segundo Luiza, partiu para cima dela, ofendendo-a verbalmente. Logo depois, deu um soco em seu olho, seguido de chutes. Luiza diz que ele a derrubou no sofá e a imobilizou violentamente até quebrar quatro costelas dela", escreveu a jornalista Ana Claudia Guimarães em matéria publicada no blog do colunista do jornal O Globo, Ancelmo Góis.

Embora a agressão tenha ocorrido nos Estados Unidos, o empresário deve responder ao processo pela Justiça de São Paulo, onde tem residência fixa. A apuração do caso, segundo o advogado da atriz, será apurado pela Promotoria da Vara da Violência Doméstica do Ministério Público.

Parisotto é dono de uma fortuna avaliada em US$ 1,1 bilhão e tem diversas propriedades em Santa Catarina, além de ter arrematado em 2016 as operações do grupo RBS no Estado. Gaúcho, o bilionário é industrial na zona franca de Manaus e suplente de senador pelo PMDB no Amazonas. Em nota, ele lamentou a divulgação do que chamou de "apenas uma versão de um fato ocorrido na intimidade". No entanto, não aproveitou a oportunidade para se explicar, deixando o esclarecimento para "o momento e as esferas legais apropriadas".

O caso trouxe à luz a violência doméstica cotidiana no Brasil. Apenas nos primeiros dez meses do ano passado, 63.069 brasileiras denunciaram situações de violência através do número 180, disponibilizado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo Federal, o que significa que a cada sete minutos uma mulher denuncia a violência no Brasil. "Eu criei coragem, perdi o medo e a vergonha por causa da situação que nós, mulheres, vivemos no Brasil", disse Luíza Brunet à jornalista.

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